quarta-feira, 9 de abril de 2014

Tributo a um amigo


Essa vai para o Totó.

Esse era o nome do meu cachorro.
Pode parecer meio pobre, sem criatividade, mas foi minha filha, Isadora, quem eseolheu o nome e o próprio Totó em meio a tantos cachorros abandonados.
Como não tenho facebook, orkut, twitter,instagram, nem nada que o valha, vou usar esse espaço mesmo para uma homenagem, espero que todos compreendam.
Ontem, infelizmente, o meu grande amigo e companheiro faleceu, vítima de um atropelamento. Não foi culpa de ninguém, nem de quem o atropelou, que eu nem mesmo sei quem foi, pois o Totó era muito arteiro, corria muito, pulava muito e vivia latindo e correndo atrás do que fosse, não importava, por isso, não acho que ninguém seja o culpado, era pra ser.
Só gostaria de registrar o quanto ele foi fiel, amigo, companheiro, confidente, sempre ali me ouvindo sem reclamar, sem pressa, sem interesse, sem esperar nada em troca a não ser um carinho, um afago, um pouco de atenção. Quantas e quantas vezes eu chegava tarde da noite do trabalho e ele estava lá me esperando, louco para que eu brincasse com ele, já deitava, levantava as pernas e esperava um carinho na barriga, depois se virava, ia pro quartinho, me esperava apagar a luz e dormia. Muitas dessas vezes eu sentava, pensava um pouco na vida, reclamava alguma coisa com ele (sabia que ele nção contaria pra ninguém)ali sentado, olhava um pouco pra ele e ia me deitar, feliz por ter desabafado algumas coisas com ele.
Chegou nessa casa meio timido, parecendo sem espaço mas foi ganhando confiança e cativando a todos. Irritou e alegrou, fez rir e chorar, ajudou e foi ajudado, encontramos nele um motivo a mais para amar e respeitar o próximo. Era um vira lata, cachorro de rua, mas tinha um carisma incrível.
O Totó era um ser vivo muito especial, não me perguntem a razão, mas acho que ela nasceu para viver comigo, pois bastava um olhar e ele já entendia o que eu queria e a recíproca era verdadeira. Ele sempre com a carinha no vidro da sala esperando o momento em que eu iria acordar, pegar a coleira, fazer um carinho e sair para passear com ele. Era só abrir o portão para a vizinhança toda saber que ela estava na rua, os latidos ecoavam quarteirão afora, era o momento dele no dia, talvez o único, pois em razão da maratona diária de trabalho pouco podia ficar com ele depois desse passeio matinal.
Foi um bom tempo de convívio, um pouco de turbulência em razão de tudo que ele comia, tudo mesmo, de biquini da minha esposa a brinquedo das crianças, mas aprendemos, todos nós, eu, minha esposa e minhas filhas a amá-lo e querer bem.
Agora ele se foi e um grande vazio parece não poder ser preenchido na casa, falta sempre ele.
Que Deus o receba onde quer que seja e que São Francisco olhe por ele.
Totó vai com Deus sentiremos muito sua falta.
Mauricio, Fernanda, Isadora e Laura.

2 comentários:

  1. MAURICIO PARABÉNS PELO BLOG,SINTO MUITO PELO TOTÓ...

    ABRAÇOS SAUDADES.

    BRUNO SIMÕES

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  2. As vezes criatura, que a principio, sao irracionais, demonstram com amor, certamente Divino, que amar nao tem nada de racional.
    Lembro-me que o Mauricio me criticava pelo amor que dedico a Chica, minha cachorra, mas dizia a ele que qua do tivesse esse amor incondicional, saberia o porque dedicava e dedico parte do meu tempo a ela.
    Quando o toto chegou tive o prazer de tbm conviver com ele, recordo-me da vez que fomos busca-lo na casa dos seus pais, estavamos de terno, pois voltavamos da puc, ele entrou no casso, ficou no meio dos bancos da frente, me deu umas dez lambidas na cara e me sujou todo de barro. E cada vez que o mauricio reclamava mais ele pulava e me lambia, foi inesquicivel.
    Ha.... sem falar nos rasantes e salto carpado que davo no quintat kkkk.
    Sao Francisco de Assis e Sao Dmingos Savio, receba esse ser com carinho no ceu.... ha mas vai um recado ele gosta de pular e lamber kkkk.

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